Política

A direita já chamou os populistas ao Governo (e perdeu com isso)

30 janeiro 2021 18:08

David Dinis

David Dinis

Diretor-adjunto

pedro nunes

Lá fora já aconteceu e as consequências foram visíveis: quando o centro-direita leva radicais para o Governo, eles subiram votos e marcaram agenda, mostram dois estudos académicos. Por cá, os perigos são ainda maiores

30 janeiro 2021 18:08

David Dinis

David Dinis

Diretor-adjunto

Os especialistas chamam-lhe a “quarta onda” de ascensão da direita radical. E Cas Mudde, um dos mais reconhecidos académicos nesta área, conta que foi aí, no início do novo século, que estes partidos entraram em força em vários Governos. Em “O Regresso da Ultradireita”, Mudde conta os países em que isso aconteceu: Hungria e Polónia (nestes casos sendo o partido mais votado); Áustria, Bulgária, Grécia, Itália, Dinamarca e Holanda (em coligações com partidos da direita tradicional).

Portugal chegou tarde à dita ‘quarta onda’, mas o resultado de André Ventura nas eleições presidenciais do último fim de semana mergulhou o país na discussão da dúvida que se segue: aceitará o PSD, para chegar ao poder, integrar o Chega numa coligação de poder?