Autoeuropa. Fórum para a Competitividade quer rever lei da greve

A entidade diz ainda que esta paralisação teve como objetivo reforçar a posição da CGTP, uma vez que, foi convocada por estruturas sindicais alheias à fábrica de Palmela. 

Para o Fórum da Competitividade, a greve da Autoeuropa, realizada ontem, "é prejudicial à empresa, aos seus trabalhadores e ao país e vem colocar na ordem do dia a necessidade de rever a lei da greve quanto às condições que devem legitimar a sua convocação e quanto à necessidade das decisões serem tomadas por voto secreto".

A entidade diz ainda que esta paralisação teve como objetivo reforçar a posição da CGTP, uma vez que, foi convocada por estruturas sindicais alheias à fábrica de Palmela. "O SITE Sul, sindicato da CGTP, e o próprio secretário geral desta confederação sindical procuram aproveitar a vaga populista da greve para forçar negociações imediatas entre os sindicatos e a administração", refere em comunicado.

No entender do Fórum para a Competitividade, o novo modelo da unidade industrial, o T-Roc, é essencial para o futuro da Autoeuropa, que chegou a produzir quase 140.000 carros (em 1998) e que em 2016 produziu apenas 85.131. Daí que a sua contribuição para as exportações tenha diminuído de 12% do total das exportações portuguesas em 1997 para 3%
em 2016 e que o emprego tenha, apesar de tudo e graças à paz social, baixado apenas de 4.000 para 3.295 no mesmo período.

"O T-Roc é a oportunidade para a Autoeuropa aumentar a produção para níveis nunca alcançados, de 240.000 unidades, sendo necessário um forte investimento material e humano para o efeito. A organização dos tempos de trabalho não
poderá deixar de se ajustar ao novo paradigma de produção, incluindo alguns sacrifícios pessoais da sua força de trabalho actual, com as devidas contrapartidas e reforço da sustentabilidade do seu emprego. Beneficiarão, ainda,
os 2.000 novos empregados e as suas famílias e o país, que melhorará a sua riqueza, exportações e receitas fiscais. Boa parte do potencial de crescimento de Portugal assenta no sector automóvel", conclui o organismo liderado por Ferraz da Costa.