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Raquel Martins está a trabalhar num novo EP e “Fragile Eyes” é o seu primeiro avanço. O tema é apresentado esta quinta-feira em conjunto com o seu primeiro videoclipe, que é gravado pela mesma equipa de “Cleopatra“.
A cantora, guitarrista e compositora mudou-se para Londres para estudar música aos 17 anos e foi por lá que a sua carreira despontou. Aos 21, o seu nome começa a ficar cada vez mais consolidado entre a nova vaga de jazz britânico: tem tocado ao lado de Poppy Ajudha ou Amaarae, estreou-se em nome próprio há um par de anos com The Way (entrevistámo-la a propósito desse lançamento), caiu nas graças de gente como Gilles Petterson ou Jamie Cullum, viu a sua música ser destacada em editoriais do Bandcamp ou do Spotify e, em Outubro passado, abriu um par de espectáculos para o lendário músico brasileiro Marcos Valle, ele que é também uma das suas grandes referências. Este fim-de-semana, sobe pela primeira vez a um palco do London Jazz Festival com o seu projecto a solo.
Com edição prevista para 17 de Fevereiro de 2023, Empty Flower é o título do próximo curta-duração da artista. Assumidamente jazz e com pinceladas de influências latinas e soul, o disco é hoje antecipado com “Fragile Eyes”. Nas palavras da artista, esta é uma canção que aborda a masculinidade tóxica e a inveja no contexto de uma relação:
“Eu escrevi este tema depois de terminar uma relação em que existia muita competição, inveja e ciúme, especialmente quando o assunto era a minha carreira. Sinto que as pessoas não falam muito sobre isso, mas ainda é difícil para alguns homens lidarem com o sucesso de uma mulher sem se sentirem ameaçados.”
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